terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pai, Mãe, Filho

Comentário Sobre o texto: Pai, Mãe, filho - postado no Blog por dentro do ser (http://pordentrodoser.blogspot.com).

Em nossos dias temos vários tipos de famílias que se organizam de diferentes maneiras, não somente no formato tradicional – pai, mãe, filho – e seria um retrocesso não se admitir o que é fato. Mas os ‘lugares’ ou ‘posições’ destes papeis ainda não foram destituídos da psique do indivíduo, mesmo no nosso mundo moderno e evoluído, seja a família constituída da forma tradicional ou não. Nem mesmo há garantias que em qualquer uma dessa situação familiar, o pai biológico ou quem o substituir, desempenhe o que é de fato o seu lugar, e esse lugar pode ser sempre vazio.

Ainda tem um outro aspecto, que é o fato da identificação com esse pai e desse lugar ocupado (ou não), que esse filho vivencia. Ao se torna, também, pai, haverá a transmissão do que foi recebido. Como será o menino agora ao ser pai?

Não defendo que o pai deva estar a serviço dos filhos, o caminho do meio é sempre o melhor: o filho não deveria ficar nem no centro nem na periferia da vida dos pais.

Ao mesmo tempo acho que é relativamente nova essa postura de pai presente, guarda compartilhada (no caso de filho de separação), etc. Parece haver um movimento em resposta há uma cobrança da sociedade, de que o pai mostre-se pai, interessado, seja responsável e de preferência até afetuoso. Se não, ele não vai ficar bem na fita!Vejo hoje uma cobrança maciça do tipo: “você deixou de ser casado não de ser pai!” e cenas de homens empurrando carrinhos de bebê cada vez mais comuns (Que bom! E que não fique só nisso, né?). E se por ventura do destino a criança tiver alguma deficiência, exigir cuidados especiais, ou coisa parecida? A cobrança de todos é mais pesada! E o pai procurará ser politicamente correto e se esforçará para corresponder às expectativas a esse apelo do público para mostrar seu bom caráter e ficar bem como bom pai.

Como fala a escritora Ayelet Waldman em entrevista à revista Época: "Não é preciso muito para ser um bom pai". Em outro momento ela fala: “Se os homens estão só um pouquinho mais envolvidos com seus filhos do que seus pais foram com eles, achamos que eles são maravilhosos!”.

Bom, o homem até pouco tempo não se preocupava se suas relações sexuais resultariam em filhos, isso não parecia ser uma preocupação relevante. Talvez o teste de DNA tenha contribuído ao chamar esse pai à paternidade e também ser reconhecido pelos demais como ‘bom pai’ ou ‘pai presente’ pesará na sua auto imagem. No meu entender, essa reflexão sobre a paternidade foi buscada de fora para dentro.

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