segunda-feira, 20 de setembro de 2010

TUDO nos ensina

A gente aprende, com o tempo, algumas sabedorias.

É como se só o tempo pudesse nos ensinar, ou dito de outra forma, com o tempo a gente aprende.

Penso que em todo momento temos oportunidade de experimentar pequenos flachs que nos seriam muito proveitosos se tivéssemos condições para assimilá-los e poder incorporar à nossa maneira de ser. Mas isso só ocorre, só incorporamos, quando estamos mais velhos, e, é por isso, que associamos à sabedoria ao tempo. Será que a idade nos dá mais clareza? Quanto a isso não tenho certeza, porque tem gente que não envelhece. Tem aqueles que envelhecem, mas não aprendem. Tem os que se recusam envelhecer e os que não querem aprender. Então... Não é regra.

Sou partidária da frase que fala: Não é a quantidade que faz melhor (pode até ajudar...), é a qualidade que faz a diferença.

Há um momento, um instante, uma fração de segundos, um clic... Em que algo nos toca e nos abre uma fresta na direção de certa sabedoria. Na verdade, ela sempre esteve ali, diante de nós, exibida e sem pudor. Mas, nós só a percebemos ou podemos vê-la no momento “x”, é quando dizemos pra nós mesmos: eu já sabia disso! No entanto, só a partir dali parece ficar nítido. Penso que dessa mesma forma acontece os nossos insights. Esse é o instante que fazemos contato direto e lúcido com a sabedoria. Então, assim temos oportunidade de aprender.


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Adaptação


Do pouco que sei da teoria evolucionista de Darwin, sei que ele constatou que a evolução das espécies se deu por conta de sua capacidade de adaptabilidade ao meio, conhecido como seleção natural. Sendo assim, sem adaptação não há sobrevivência. Conseqüentemente aquele que não se adapta está fadado à extinção.

Aos animais, em seu comportamento adaptativo, observamos basicamente seus impulsos e seus instintos. Na espécie humana também se deu de forma semelhante.

Olhando para os nossos dias vejo que temos a necessidade de nos adaptarmos ao nosso meio. Fazer o que as pessoas esperam que você faça é está adaptado. Estamos adaptados culturalmente, nossa educação, nossa organização do comportamento, etc faz parte da mossa luta pela sobrevivência, melhor seria dizer que essa é a forma de vivermos bem, sem conflito, sem sofrimento... Vem então, à idéia de que sendo assim, uma forma de ser feliz é está adaptado às circunstancias. Perfeito!

Mas quando você está perfeitamente adaptado e as circunstâncias mudam? A resposta seria: adaptamos-nos novamente, pra não sofrer! Repetidamente.

Tudo muda e ha todo instante. Não temos o menor controle sobre as mudanças e nem sempre elas são agradáveis. Será que temos outra saída para sobreviver, ou evoluir, tentar ser feliz, que não seja a adaptação?

Lembrei agora do personagem do “O bem amado”, que se chamava Nezinho do Jegue, que quando estava sóbrio dizia: Viva Odorico! E quando estava embriagado dizia: Morra Odorico! Não dá pra não rir!

Enfim, a mudança traz sofrimento e nem sempre nos adaptamos com muita facilidade. Mas ao criarmos um espaço em nossa mente onde colocamos uma condição em que haja possibilidade de simplesmente nos tornar abertos para o novo, pacificamos o nosso estado interior e criamos uma condição saudável a essa adaptação.


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Pessoas e Lugares

Vejo particularidades muito semelhantes entre lugares (ambientes) e pessoas.

Assim como os indivíduos trazem em si a sua história de vida e refletem em seu comportamento toda sua história, da mesma forma são os lugares.

Existem lugares sadios, doentes, alegres, tristes, tranqüilos, agitados, silenciosos, barulhentos, de tudo quanto é tipo! Da mesma maneira, existem pessoas assim.

Lugares e pessoas nos passam toda sua emoção. Podemos nos sentir bem ou passar mal no contato com lugares e pessoas. Pode ser esquisito, mas é verdade.

Quando se entra em contato com lugares doentes, geralmente, a maioria de seus freqüentadores também são, e ao entrar em contato com tal ambiente existem duas possibilidades: ou nos contaminamos, ou somos afastados.

Não ha como contestar que nas relações os semelhantes se aproximam por afinidades. Assim o ambiente é dominante segundo a maioria semelhante.

Lugares e pessoas tem sua energia própria, e com um pouco de sensibilidade podemos identificar quando nos faz bem ou não.

sábado, 12 de junho de 2010

Registros inconscientes

Comentário feito ao texto do Blog: http://pordentrodoser.blogspot.com/



O que REPRIMI... Esse é mais um elemento que temos conhecimento consciente, somente depois que procuramos nos conhecer.

Como poderíamos imaginar que algo em nós foi transformado, por exemplo, naquele medo pavoroso, descabido, desproporcional, à beira do irracional, teriam suas justificativas num recalque? E o que recalcamos? Qual a circunstância desagradável que o nosso ego quis nos proteger?

Essa nossa mente!... Cheia de labirintos comanda por nosso ego sempre a procura de nos defender e cria as mais fantásticas peripécias para nos livrar do sofrimento!

Não é fácil se conhecer! Temos que encarar nossos monstros, levantar o tapete, limpar os armários, parar de fugir!

Precisamos muitas vezes de ajuda para isso, mesmo assim não é fácil. Não é fácil encontrar com o que foi escondido de nós mesmos e por nós mesmos, ao ponto de não ter em nossa consciência o seu registro. Chega ser assustador esse encontro. Talvez seja por isso que existem aqueles que não querem, de forma alguma, fazer uma terapia.

Estarei encontrando não o que recalquei, mas encontrarei com alguém inesperado, encontrarei comigo mesma. Uma EU já esquecida em meu inconsciente.

As justificativas a esse ‘esquecimento’ pertencem ao domínio de uma lógica que só aquela mente, daquela época, naquelas circunstâncias poderá dar sentido lógico dentro de todo seu contexto.

O que escondi? Ou melhor: O que transformei para não sofrer? O que recalquei?

É certo que ao sermos confrontados numa situação de perigo nosso reflexo instintivo nos oferece duas opções: ou Enfrentamos (lutamos), ou Fugimos. Nas duas formas estamos nos protegendo. Do que me protegi?

Acredito que ao nos escondemos de nós mesmos, passamos a acreditar no que nos deixa mais confortáveis, pelo simples medo nosso ego vai nos proteger.



quinta-feira, 6 de maio de 2010

A Mão é a Mente



Assim ouvi: “ A mão é a mente, a marionete é o corpo.”

Achei semelhante ao título do livro: “O corpo fala”.

Também achei semelhante a uma frase que ouvi num filme dita por um legista: “O cadáver nos diz como foi que morreu”.

Então não ha como esconder o que se é.

Se o comportamento está associado ao físico, e está, dessa forma só podemos mudar no físico o que foi mudado na mente.

Fica difícil dizer que mudamos, que somos outra pessoa se não ha comunhão entre corpo, palavra e pensamento.

Se a realidade mental é a raiz da nossa realidade e a efetiva mudança não tiver ocorrido, a farsa não se sustenta.

Não é fácil mudar o estado da mente, mesmo sabendo conceitualmente o que deve ser modificado.

Somente essa abordagem conceitual não é suficiente para ser transformadora.

É claro que toda mudança começa com a análise, compreensão e a aspiração da mudança.

Mas somente treinando para clarificar, pacificar e funcionar melhor a mente, é possível que se atinja esse objetivo. Assim será possível não haver dissonância entre as ações e as palavras.


domingo, 25 de abril de 2010

Reflexões Sobre Ser Feliz

Ao ler o Texto do Blog do Prof. Renato Dias Martino

http://pensar-seasi-mesmo.blogspot.com/2010/04/reflexoes-sobre-ser-feliz.html

fiz um longo comentário e resolvi publicá-lo aqui:


Martino

Penso que a felicidade não é coisa desse mundo.

Ao mesmo tempo em que acredito que seja uma coisa simples ao mesmo tempo não é fácil cultivá-la.

Da mesma forma que vamos aprendendo a viver a vida vivendo, aprendemos que nem sempre o que desejamos nos fará feliz.

Como você diz: “Nada que é real pode trazer certa fonte inesgotável de felicidade.”

Não dá pra se conceber algo como objeto de felicidade. A felicidade não está em outro lugar que não seja em nós mesmos e sem que se compartilhe com o outro, essa felicidade parecerá alienada, fantasiosa, ilusória, narcísica.

Sinto que existe um caminho do meio nessa história.

Embora queiram nos fazer acreditar, vê-se pelas novelas principalmente, que tudo é felicidade quando as pessoas se casam, tem filhos e/ou ficam ricas.

Nessa relatividade da felicidade que aspiramos, confundimos também com as nossas alegrias, como se fosse possível ficarmos permanentemente alegres.

Vive-se intensamente para evitar a tristeza. A vida fica tão agitada que não se tem tempo pra pensar em tristeza. A agitação provoca estímulos fortes com reações fortes e assim se perde a sensibilidade, porque as paixões dopam. Se a mente é sensível não precisa de agitação.

Mais uma vez lhe cito: “é fundamental para o bom funcionamento mental, admitirmos períodos de tristezas, até para que se possa posteriormente, viver momentos felizes. A felicidade e a tristeza encontrar-se internos em nós e buscam encontrar representantes externos.”

Acho uma grande aventura em um campo imenso de possibilidades encontrar, compartilhar a vida com uma outra pessoa, e ser livre. Já que tudo está o tempo todo em processo de mudança e nada é permanente.

Adorei seu texto.



segunda-feira, 29 de março de 2010

Uma lagarta

Uma lagarta. Nem bonita, nem feia. Nem grande, nem pequena. Só uma lagarta.

Que comia compulsivamente as folhas do jardim onde morava. Está cada vez mais gorda de tanto comer.

Quase morre quando tentaram exterminar com as formigas, suas concorrentes.

Os dias passavam e tudo era igual. Não existia a variável tempo para ela. Hoje, amanhã, ontem, tudo era igual!

Um dia por razões que a própria razão desconhece se viu cansada de tudo, parou e pela primeira vez, teve um instante reflexivo. Olhou ao seu redor e viu o mundo em que vivia, foi quando também percebeu que tinha uma existência própria.

Sentiu que precisava estabelecer uma nova relação com o mundo e com ela mesma. Apenas contemplar não foi suficiente, precisou se refugiar para poder se encontrar. Pensando assim pouco a pouco construiu um casulo. Não se sabe ao certo o que aconteceu ali dentro, só a própria lagarta é testemunha da sua experiência vivida. A única coisa que se tem certeza é que ouve uma transformação, e que essa transformação foi extraordinariamente positiva. Nem sempre essas metamorfoses são para melhor ou positivas, é só pensar o caso de Kafka (da obra “Metamorfose”, de Franz Kafka).

Então passado um certo tempo o casulo se rompe e sai uma bela borboleta. E voa.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS

Simples assim!

O que você escolhe:

Sofrer ou ser feliz?

Férias ou trabalhar?

A prosperidade ou a pobreza?

Ser ignorante ou sábio?

Ser uma galinha ou uma água?

Um banho de piscina ou carregar pedras?


Mas porque você escolheu isso em vez daquilo?

O que pode influenciar nossas escolhas a se tornarem as nossas escolhas?

Quem é esse Eu que se afirma para escolher?


Uma vez uma amiga do YuBliss me disse: ‘nos dizem que somos aleijados, nos dão muletas, e acabamos aceitando o rótulo e o falso apoio’. Assim acreditamos e aceitamos o que nem julgamos se é bom ou não, apenas recebemos, não é assim?

Fazemos, pensamos, falamos, agimos, sem nos dá conta de onde surgiu tudo que achamos que somos e o que queremos realmente.


O que a gente faz com o que fazem ou fizeram da gente?

Que liberdade de escolha eu tenho?

Tenho liberdade de escolha?


Repetimos tantas vezes um comportamento que ele se torna habito. É como quando se cria uma mentira e de tanto repetir começa-se a creditar nela. Depois dizemos: Eu sou assim, sou dessa maneira! O que acontece é, que ao longo dos nossos dias vamos nos tornando o que somos e passamos ser. Acabamos por nos tornar assim. Mas nem percebemos o que nos tornamos, como nos tornamos ou porque nos tornamos. Simplesmente nos tornamos, automaticamente.


Para perceber o que somos é preciso nos auto avaliar, essa é a primeira escolha lúcida. É querer se conhecer de fato. De outra forma nos enganaremos já que temos nossas próprias idéias como referencias.


Assim nossas escolhas são influenciadas por nossas tendências. Mas esse mergulho é angustiante e é mais uma escolha que precisa ser feita: A angustia ou num estado que não é auto reflexivo?


A angustia é provocada pela auto consciência. O estado que não é auto reflexivo proporciona o conforto de ficar bem sem mexer em nada, ficar como se está, afinal é melhor ficar num terreno conhecido e não se arriscar

.

Seguimos com nossas fantasias. E quando cansamos de segui-las aparecem os problemas. Somos nós mesmos quem criamos nossos problemas quando cansamos de seguir nossas fantasias.


Mesmo que se escolha ir para a piscina as pedras continuaram lá.


A vida é feita de escolhas? Humm... Vejo que pode ser que nossas escolhas é quem nos escolhe.




sábado, 9 de janeiro de 2010

Ilusão ou mágica

As pessoas pagam o espetáculo

Todos aguardam os truques

No calor da apresentação é impossível não se envolver

O clima é emocionante, todos deslumbram!

Há uma hipnose geral

E, no meio do espetáculo...

O ilusionista se encanta com a própria performance

E ele acredita que aquele é seu mundo

Ele se hipnotiza pela platéia

Por acreditar que é mágico tudo foi transformado

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