quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Critério




Aprendi que quando as regras não são estabelecidas ou respeitadas, para não  acontecer arbitrariedades de diversas ordens, o melhor  para se administrar o imprevisível é ser coerente, justo, imparcial... Para tanto, melhor é se adotar CRITÉRIO.


Pensei bastando sobre isso e vi que essa idéia é válida para muitas situações do dia-a-dia, quando na  vida se tem a motivação de ser equânime.

Tenho uma preocupação muito grande em ser justa. Ser justa, não é simples nem fácil, é sempre uma tentativa, uma busca constante que é facilitada quando simulamos nos colocar no lugar do outro. Sem ter que apelar pra o Art. 5º da Constituição: Todos são iguais perante  a lei, sem distinção de qualquer natureza... Ou, tentando ser mais justo, seguir a visão do filósofo Aristóteles "O princípio da igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida em que se desigualam".

A dificuldade em ser justa decorre de nossos condicionamentos, dos conceitos que criamos, incorporamos e adotamos sem avaliar porque somos como somos. Isso não é desculpa para não analisar as nossas escolhas. Mas a maior dificuldade é a proteção que nosso ego gera em nós.

Também temo em aponta em afirmações que ‘O CERTO é...’ ou ‘Isso é ERRADO! ’ O que hoje está certo amanhã pode não ser mais. Tudo deve ser contextualizado. Não é bom ser inflexível. E como diz uma frase que li: ‘Não existe certo nem errado. Todo mundo tem razão o ponto de vista é que é o ponto da questão. ’

Lembrei-me de uma citação que li num livro que gostei muito: “Quando nos pegamos obstinadamente às nossas opiniões, por mais legítima que seja nossa causa, estamos simplesmente adicionando mais agressividade ao planeta e, com isso, aumentando a violência e o sofrimento. Cultivar a não-agressão é cultivar a paz.” 

Tudo isso só é válido para quem se preocupa e está comprometido em ser coerente com sua CONSCIÊNCIA, sem tentar trapacear-se.

Poder, ao deitar a cabeça no travesseiro, repassar mentalmente aquele dia  examinando o que aconteceu e identificar falhas que por ventura tenham sido cometidas é um exercício muito bom. 

Como se pode ser justo, se é adotado a cada momento um procedimento diferente? Se realmente são várias as dificuldades para ser justo, estar envolvido emocionalmente dificulta a lucidez do ouvinte. Quando se está tão perto não é possível examinar e tudo fica misturado. Não é raro que assim ocorra o momento oportuno para manipular por chantagens dissimuladas (às vezes descaradas). Talvez seja mais fácil se deixar envolver pelo que é mais fácil.  Misturado, e estar tão perto, nem dá pra examinar mesmo. Por tudo isso ha de se ter critério.


2 comentários:

  1. Justiça, verdade, certeza, tudo, nada, nunca, geralmente são coisas bem descutíveis. A gente procura ser justa, mas esta pode ser bem questionável independente...eu tenho aprendido isso com algumas leituras que tenho feito. Abc.Leila

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  2. Oi Leila!
    É um grande exercício. Aprendemos sempre principalmente.
    Obrigada por passar por aqui.
    Bjs.

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