sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Comprando o tempo


“Não temos tempo para cuidar de um câncer”. Ouvi  essa frase e  parei, e fiquei ouvindo repetidas vezes comigo mesma...

Nossa rotina, obrigações, compromissos nos movem prá cá e prá lá de forma que nosso dia-a-dia fica automático. Não necessariamente repetitivo, ou sem graça, mas adquire uma forma de funcionamento que passamos a administrar.

Um bom emprego, um bom trabalho, uma boa remuneração proporciona um conforto de pagar as contas e também pagar o tempo que não temos. Cada vez mais nosso tempo fica mais caro.

Presenteamo-nos com o que possa parecer mais prazeroso. Compramos, pagamos, nos certificamos que estamos gratificados, recompensados, satisfeitos e até felizes.

E assim o tempo passa.

Envolvidos e distraídos perdemos a oportunidade de nos conhecer (geralmente isso não é agradável), é melhor sermos felizes.

Só mais tarde, enfim, a gente passa a ter tempo de gastar e esbanjar o tempo. Mas como o tempo não pára e só caminha pra frente não vamos mais encontrar o que ficou no tempo atrás. Os filhos cresceram. A velhice chegou. Muitos morreram. Mas o tempo... O tempo não perdoa.


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