sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Comprando o tempo


“Não temos tempo para cuidar de um câncer”. Ouvi  essa frase e  parei, e fiquei ouvindo repetidas vezes comigo mesma...

Nossa rotina, obrigações, compromissos nos movem prá cá e prá lá de forma que nosso dia-a-dia fica automático. Não necessariamente repetitivo, ou sem graça, mas adquire uma forma de funcionamento que passamos a administrar.

Um bom emprego, um bom trabalho, uma boa remuneração proporciona um conforto de pagar as contas e também pagar o tempo que não temos. Cada vez mais nosso tempo fica mais caro.

Presenteamo-nos com o que possa parecer mais prazeroso. Compramos, pagamos, nos certificamos que estamos gratificados, recompensados, satisfeitos e até felizes.

E assim o tempo passa.

Envolvidos e distraídos perdemos a oportunidade de nos conhecer (geralmente isso não é agradável), é melhor sermos felizes.

Só mais tarde, enfim, a gente passa a ter tempo de gastar e esbanjar o tempo. Mas como o tempo não pára e só caminha pra frente não vamos mais encontrar o que ficou no tempo atrás. Os filhos cresceram. A velhice chegou. Muitos morreram. Mas o tempo... O tempo não perdoa.


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dentro da canoa


Toda liberdade é relativa. Temos sempre que prestar contas do que fazemos. Mesmo tendo o poder de realizar todos os desejos e vontades isso tem um custo. Mas o que cada um tem ou concebe como liberdade, é pessoal, é relativo. O que para um seria liberdade para outro seria um cárcere. Então, o que seria a liberdade absoluta? Dizendo de outra forma, o que indistintamente, para um ou outro, seria liberdade? Tenho uma idéia do que possa ser... Vou usar uma imagem de uma história que ouvi, para mim foi a melhor explicação do que possa ser essa liberdade... Pense que você está em uma canoa, essa canoa desce um rio. Você não tem controle no que diz respeito a isso, a correnteza, a velocidade... Qual a sua liberdade? Ter liberdade é, estando na canoa, realizar o que deseja fazer em relação a isso.



sábado, 8 de janeiro de 2011

Gratidão


Fecho os olhos só para aguçar a percepção sonora que traz consigo a lembrança de um momento de paz alegria e extrema gratidão. Sinto-me feliz ao acessar esse momento. É como se houvesse uma expansão de meu corpo e eu me tornasse tão grande, tão grande que não coubesse mais em mim. E ocupasse todo espaço. O sentimento predominante é de gratidão, e é indescritível.



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